segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Introdução ao Projeto Bhaktyalok // Por Sripad B. A. Paramadvaiti Swami


Introdução ao Projeto Bhaktyalok
Por Sripad B. A. Paramadvaiti Swami 

Sábado, 19 de setembro de 2015 México D.F, México

  

Meus queridos devotos de Vrinda:
            Devido a algumas reações a respeito de alguns comentários feitos por mim, se criaram mal entendidos sobre a situação que a Missão Vrinda está
experimentando na Argentina.

            É um pouco triste que alguns devotos reajam tão rápido sem consultar
inicialmente comigo a respeito de una iniciativa que eu, junto com Sripad Giri
Maharaja e Sripad Padmanabha Maharaja tomamos a respeito de abrir um novo ramo de pregação chamada Bhaktyalok. Esta iniciativa não foi desagradável para mim, pelo contrário, é uma ramificação natural que permite a outros na Argentina tomarem mais responsabilidade e especialmente para que Nova Vrindavana (a fazenda da Argentina, próxima a Buenos Aires) possa se desenvolver de uma forma mais bela. 

 

            Talvez posso ter sido mal interpretado em um de meus comentários sobre Nova Vrindavana, porque eu sentia que havia sido atendida de maneira negligente, isso porque nesse momento havia muito trabalho duro na meta de conseguir o templo da região de Tigre e construir em Godrum (na Argentina), que são as principais sedes do Novo Bhaktyaloka.

            Sinceramente eu mencionei estas deficiências com o exclusivo
propósito de entusiasmar aos novos líderes para fazerem muitas melhorias. Os comentários não foram com intuito de criticar a administração de Giri
Maharaja e Padmanabha Maharaja.

            Muito menos desejo que esta nova fase na Argentina gere rejeição contra
eles ou contra o que fazem, ou contra os que seguem apoiando esta nova
iniciativa.

            Claro, é certo que em meu trabalho de entusiasmar novos líderes, cai sobre mim mais trabalho do que quando Giri Maharaj organizava tudo, mas às vezes quando algo cresce há certas dores de crescimento. Assim como quando começa nascer os dentes do bebê e ele chora mais.

            Eu não considero que eles queiram ser Gurus, e sim considero que estão seguindo a vontade de Caitanya Mahaprabhu e Prabhupada, que dizem que todos nós devemos nos tornar Gurus.  

            Por outro lado, devido a que Giri Maharaj é um líder muito peculiar por seu estilo e carisma, eu considero que isso dá mais abertura e uma grande vantagem pois surgirão outros líderes trabalhando em paralelo a sua gestão. Uma grande vantagem especialmente para Argentina, um país de tanto carisma e liderança natural.

            Considero que em Colômbia me fez falta a presença de um sannyasi com mais liderança acompanhado por um séquito que influencie mais os templos.

            Todas as pregações inovadoras que fazem Padmanabha Maharaj e Giri Maharaj também foram observadas por mim com agrado e eu rogo a outros sannyasis líderes que foram amigos deles ou que são colegas em outros países, que também sigam dando suas bênçãos com seu carinho e associação.

            Não há nada mais oposto  a minha vontade do que alguns dos indivíduos envolvidos nisso tudo sintam-se desanimados.

            A respeito da reunião com os sannyasis na Colômbia, não tinha nenhuma ligação com o ocorrido na Argentina. Pelo contrário, eu pedi que os sannyasis colombianos fossem mais identificados com os programas que estão desenvolvendo em seu país. Era completamente de caráter “alegria colombiana” e jamais imaginei que algo dito por mim nessa reunião chegasse a circular e afetar os devotos em outros países.

            Quando eu estive no Chile falei extensamente com Gurudeva Atulananda e ele também aprovou todas as decisões que eu tomei na Argentina. Espero que não haja mais mal entendidos sobre isso. Qualquer detalhe podemos resolver juntos, durante a cerimônia de sannyasi de nosso Gurudeva Atulananda Acharya.

            Essa carta pode ser divulgada a todos os líderes da Missão Vrinda para que a situação seja esclarecida.

            Um abraço a todos desde o mais profundo de meu coração. Todos vocês são para mim Vaisnavas adoráveis e eu agradeço por me tolerarem pois estou tratando de dar dimensões futuras para a Missão Vrinda.

            Um pensamento a mais chegou em minha mente em relação ao registro da nova sociedade na Argentina. Srila Prabhupada sempre era contrário a centralização, e queria que cada templo tivesse um registro e administração totalmente independente, justamente com o propósito de que os devotos se tornassem líderes responsáveis completos e não que alguns poucos mandem e os demais não pensem.

            A opção que eu dei a eles depois de um ano de transição, é dar a primeira iniciação em áreas novas. Isso não é uma novidade pois essa opção eu já havia anunciado há mais de 15 anos em uma reunião de sannyasis em Cakra y Mar (Peru). Além disso, eu dei permissão a mais de um devoto para iniciar como Ritvik em meu nome nesses anos, para que as pessoas não tenham que esperar muito tempo para se iniciarem com seu mestre espiritual.

            Por favor, não se esqueçam que não se deve fazer diferença estre siksa e diksa guru. Na verdade, me alegro de ver quantos líderes especiais o senhor Krishna mandou para a Família Vrinda, e que fortuna, pois eu já estou velho e sobrecarregado para atender todos com a dedicação que merecem. Essa é a realidade.

            É um pouco delicado estabelecer um Vaisnava como diksa guru, como Srila Sridhar Maharaj disse, é uma tentativa feita por sua conta de risco, tanto da pessoa que aceita esse serviço como também daquela que se inicia. E sem mencionar nomes, eu poderia dizer que na Missão Vrinda existem almas das quais eu poderia ter tomado iniciação, por serem tão bons representantes de Srila Prabhupada. E na realidade, quando eu nomeio alguém como siksa guru e meu representante, eu estou dando a responsabilidade de cuidar meus discípulos, como se fossem discípulos dele. Depois de 30 anos de Família Vrinda, foram se consolidando belos líderes. Estou orgulhoso deles e os recomendo de todo coração que os aceitem da mesma forma.

            Não só na Argentina, também no Brasil, Chile, Venezuela, México, Peru e os que esqueci. Se um dia eu não posso viajar mais, vou adorar a todos vocês a distância, mas sigo viajando e com muito entusiasmo devido as coisas que estão acontecendo. Considero que as novas propriedades que Bhaktyalok adquiriu também são opulências da mesma família. Não se esqueçam, jamais brigaremos por tijolos nesse mundo. Krishna comprovou muitas vezes que Ele dá mais tijolos do que necessitamos e podemos cuidar bem.

            Eu gostaria de seguir escrevendo  mas tem muitas pessoas me esperando pois acabei de chegar no México. Espero que essas palavras resolvam essas problemáticas e mal entendidos.

            A carta é dirigida a todos os brahmanas da Família Vrinda.


Swami B.A. Paramadvaiti


Observação: A seguir compartilhamos um link com uma aula de Guru Maharaj na Argentina, em sua última visita a Buenos Aires, apresentando oficialmente o projeto Bhaktyalok a alguns líderes do Yatra ali presentes:
https://www.mediafire.com/?wr8gvcrxp0s2mri




Nenhum comentário:

Postar um comentário